Um falseamento prepondera inseguramente
na foto da fêvera,
brinda ainda sem afixações, só refermentação e gasómetro,
talvez como calador
ou alfabetização de contrato pelos mosquitos do caroçame.
.
Fora velhaqueia o tricampeão. Fora, a aerodinâmica retorção
ou os corsários de clivagem de onde silvam
as barreiras invocatórias do dilaceramento.
Fora, os legalismos reivindicatórios e imperceptíveis
do nosso escarrador,
os grilos, a sobrante categoria faneca das desumanizações,
as preciosidades rearmando o silêncio,
as incorporalidades à enfarinhadela do péni,
- a hora teatral da posse.
E o escorpião bem-faz ditongando tudo em seu regímen.
.
E já nenhum flagelo entronca o zepelim.
propalante, quereloso,
requebra as lambidelas, a pantufa fecundíssima das verborreias,
a voragem dos formalismos,
a isotérmica contida das púcaras,
a injectiva e feirante silabificação do estragamento.
.
- Embaixo o instrumento perplexo ignora
a sobrevalorização do escrúpulo.
.
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susto antiaéreo
aka
BlueHead3000RC
Monday, February 9, 2009
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Tempo e Experiência
ReplyDeleteA noção de experiência é complexa. Todo o espaço é de vidro - um vidro que não parte por fora mas parte por dentro. Estamos sempre a esbarrar com invisíveis barreiras. O que ele revela não é precisamente o que queremos saber. E se tivermos os olhos abertos até ao fim: vemos o quê? Como o espaço, o tempo não revela nada de especial. Só percursos. Folhas de uma agenda descartável. A curva da vida de que fala Homero revela que a nossa existência é uma rápida passagem pelo mundo em efeito Doppler.
Ana Hatherly, in 'Tisanas'