Wednesday, February 18, 2009
Cansaço-vivo
quero cravar no teu peito
a minha língua ardente
o calor do meu olhar
quando te tenho
atar os teus pensamentos um por um,
numa nuvem de verdade
para correr nas tuas veias
descalça e em silêncio
metáfora de cansaço-vivo
deitada no meu corpo:
afago as tuas costas,
o teu rabo
o teu cabelo
escrever com os meus dedos na tua pele:
o verso cansaço-vivo
o verso puro,
o verso mel,
e derramar sobre ti a minha vida.
Ma.R.
10.02.2009
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Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês (Mário Quintana)
ReplyDeletep.s adorei a imagem está... está... sempre